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Maratona do Rio

18 jul

Meu longão de domingo

Me inscrevi para a Meia-Maratona do RJ para acompanhar a minha queridíssima Amandinha em sua estreia nos 21Km. Como os meus treinos estão ficando mais longos,  corri 5Km antes da largada e parti às 07h10 da praia do Pepê ao Aterro do Flamengo.

Confesso que no começo, quando ainda estava sozinha e com frio, eu me questionei algumas inúmeras vezes: “o que é que estou fazendo aqui?” ” de onde veio essa ideia infernal de correr uma maratona?”  “será que eu posso correr só metade da Maratona de Berlim?” e coisas derrotistas do gênero. Nada muito a minha cara, mas atire a primeira pedra quem nunca se questionou em um momento de preguiça/cansaço.

Pois bem, feitos os 5Km deprimidos  iniciais a alegria tomou conta de mim e lá fui eu cantando e dançando no asfalto.Como estávamos com um pace mais tranquilo que o de costume, eu e Marcela adotamos a estratégia de zoar a prova toda (rindo, cantando, sacaneando os transeuntes, dançando ballet no túnel que tinha música clássica e batendo palma para todo mundo que aparecia com um cartaz de incentivo aos corredores). Eu sei que falar muito num longão pode ser um perigo, mas como o meu maior inimigo é o fator psicológico, achei essa decisão fundamental para me levar com segurança ao Km 26. Aposto que a Amanda (estreante) também gostou das nossas palhaçadas no percurso. É sempre bom ter algo para distrair a dor e o cansaço.

Chegamos debaixo de um sol cruel às 10h00. Amanda enrolada no manto sagrado e com lágrimas nos olhos. Confesso que chorei como um bebê.

Sobre a estrutura da prova

Para variar senti falta de banheiros. Só fiquei tranquila por que sabia que poderia contar com os postos da orla durante grande parte do percurso. Vi alguns banheiros químicos na Zona Sul, mas acho que poderiam ter colocado alguns também em São Conrado. A hidratação foi ótima. Água gelada a cada 3Km e muita gente boa distribuindo os copinhos aos atletas (adivinha quem me serviu?) .

No começo da praia de Copacabana havia um posto de alimentação com bananas e tangerinas. Certamente essa alimentação era para os maratonistas, já que não há a necessidade disso em uma meia, mas como eu sou faminta por natureza, me servi das frutinhas feliz! Achei ótimo! Meu estomago parou de roncar e eu nem precisei tomar outro gel =)

Na entrada da Princesa Isabel havia uma banda enorme e, quando nós passamos, conseguimos ouvir um trechinho da música tema de Rocky Balboa. Emocionante!

A chegada… bem a chegada foi como toda chegada. Um locutor/animador dizendo coisas que ninguém presta atenção ao microfone, recepção ZERO empolgada das mocinhas que destacam o vale-medalha do nosso número de peito, e 231.378 fotógrafos tirando sua foto e entregando cartõezinhos do focoatleta/focoradial/esportX/webrun e sei-lá-o-que mais.

A estrutura da FDV estava espetacular! Alongamento, massagem (sem fila), Nutella, amigos e Chopp gelado (no, thanks). Sem dúvidas era o metro quadrado mais divertido do Aterro.

Sobre os Maratonista

Mesmo sabendo que não iria correr os 42 Km da prova, fiz os longões com um grupo muito especial de amigos: a Força Expedicionária. O curioso nome surgiu da necessidade de ampliarmos o nosso trajeto durante os longões, uma vez que leblon-leme-lagoa já não dava mais conta do recado. Fomos para o Aterro,subimos a Niemeyer, invadimos uma prova no Centro da Cidade e ainda houve quem arriscasse ir para a Barra da Tijuca! Diversão garantida.

A chegada desses amigos foi linda. Cheia de risos, bandeiras e gritos de incentivo. Pecego e André chegaram por volta das 4h de prova. Mandaram bem pra Cara*&#o! Após a chegada dos 2 resolvi colocar meu tênis no pé e ir em busca dos expedicionários restantes. Eu havia feito todos os longões com eles, DE JEITO NENHUM eu iria deixá-los cruzar aquela linha de chegada sem mim!!!

Primeiro encontrei Vivi, que vinha num ritmo invejável. Vi que estava tudo bem, ela seguiu em direção a chegada e eu continuei em busca dos outros caveiras. Logo após encontrei Andrea. A ruiva estava tão bem que poderia ter utilizado nossos conhecimentos recém adquiridos em maquiagem naquela prova. A mulher nem suava, aposto que o rímel não iria nem perceber o que estava acontecendo. Quando eu crescer eu vou ser assim.

Como dedéia estava muitíssimo bem acompanhada, fui em busca do Paulão, o último membro da Força, mas no caminho encontrei foi o Paulinho, grande amigo de equipe que sempre me dá força e contribui com dicas preciosas para meus longões. Paulinho estava sozinho e na merda. Ganhei a honrosa missão de ser seu anjo pelos 2 ultimos quilometros. A chegada de Paulinho foi divertidíssima com a inusitada hidratação com chopp nos últimos metros.

Agora só faltava o Paulão. Mais uma vez andei na contra mão em busca do amigo perdido. Por mais cansada que eu estivesse (afinal treinei 26Km e fiz mais 2Km com o Paulinho) eu NUNCA que iria deixar esse menino na mão. Paulão é  muito especial,  sempre incentiva todo mundo e só vê o lado bom das pessoas. Essa era sua primeira maratona, estava um sol do cacete (12h30, né?) e já haviam me dito que ele não estava muito bem. Em poucos metros de caminhada percebi que não era só que estava disposta a levá-lo no colo, se precisasse. Olho para o lado e vejo @nina__marinho na mesma missão. Mais a frente encontro Andre (descalço (?!)), Fred e finalmente o Palmeirense mais querido do Leblon. Corremos (todos) ao seu redor e , mesmo contra a vontade da organização, seguimos como gritos de incentivo até a chegada. Foi lindo.

A equipe Filhos do Vento tem, sem dúvidas os melhores treinadores e a melhor estrutura, mas o mais importante: somos  uma FAMÍLIA.

Vocês são FODAS!

 

 

Rumo a Berlim